UFPB obtém patente de aparelho capaz de aperfeiçoar desempenho de circuitos eletrônicos

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) obteve, no mês de janeiro, a aprovação da patente de uma técnica desenvolvida por pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Instrumentação e Controle em Estudo de Energia e Meio Ambiente (GPICEEMA).

Trata-se do Sistema de Eletrônica Embarcada para Otimização de Desempenho de Circuito Eletrônico (SEEODCE), equipamento que aperfeiçoa o desempenho de circuito eletrônico através da proteção de seu desgaste, de sua quebra e da melhora da qualidade do seu sinal de resposta, com a independência do meio ambiente ao seu redor e da melhoria da dissipação térmica.

O equipamento pode ser aplicado nas mais variadas indústrias que utilizam instrumentos elétricos e eletrônicos, com vistas ao aumento da produtividade, confiabilidade e seguridade em seu uso industrial ou científico.

A equipe de desenvolvimento foi coordenada pelo professor Francisco Antônio Belo – autor principal da patente –, do Departamento de Engenharia Elétrica da UFPB. O professor Abel Cavalcante Filho, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFPB, também integra a equipe de inventores.

Os docentes contaram com a colaboração dos alunos de doutorado à época (e hoje egressos) do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM), como Tássio Alessandro Borges, Jobson Francisco da Silva e Pedro Granville Gonçalves. O servidor técnico em Eletrônica Diógenes Montenegro Gomes Silva também é um dos participantes.

A invenção já está sendo testada na indústria de açúcar e álcool, biodiesel e máquinas elétricas de potência. De acordo com os inventores, o aparelho também proporciona a melhoria da dissipação térmica, proteção de quebra e desgaste, melhoria de sinal, compensação de ruído, deriva e melhor resposta dos circuitos eletrônicos, mesmo com a variação do meio ambiente.

“O invento permite que circuitos eletrônicos apresentem as mesmas características e exatidão operando em ambiente de laboratórios (ambientes com controles especiais), ambiente com alta severidade e nas mais variadas indústrias. Ambientes em conformidade com as normas IP66 (poluição e água) e NR10 (ambientes explosivos e incêndios). Integrado a circuito eletrônico, protege de oxidação, quebra por ponto de orvalho, de envelhecimento, protege de efeitos de tendências por fenômenos da natureza. Agregado a outras inovações do GPICEEMA pode alcançar exatidões muito elevadas, entre outros exemplos, a hidratação ‘online’ com exatidão da ordem de 1 ppm (parte por milhão) de óleo isolante”, afirmou Francisco Antônio Belo.

O invento foi concebido por volta de 2009, sendo objeto de pesquisa desde 2005. A obtenção da patente ocorreu 6 anos após o depósito do invento, realizado em 2017.

“Toda nossa equipe fica muito contente com cada carta patente concedida. A importância para a UFPB vem sempre em primeiro lugar, e essas ações são consideradas muito relevantes para as universidades brasileiras”, disse Francisco Antônio Belo.