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UFPB desenvolve equipamentos movidos por energia solar
Um bebedouro que filtra e gela água a partir de energia solar. Esse é um dos projetos desenvolvidos nos últimos três anos sob orientação do professor Raimundo Menezes, do Centro de Energias Renováveis (CEAR) da UFPB.
Menezes conta que esse trabalho, elaborado pelo aluno Nickson Eduardo de Oliveira Lourenço, faz parte de uma pesquisa maior que envolve o uso de energias renováveis para captação e tratamento de água. “O desenvolvimento desse protótipo é uma parte do todo que temos desenvolvido”, explica o professor, que também é vinculado ao Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema) da UFPB.
A pesquisa para confecção do filtro do bebedouro foi realizada via edital de financiamento da empresa de tecnologia Radix. O invento, denominado como dispositivo para remoção de flúor adaptável a filtro de água potável, foi um dos agraciados com o Prêmio de Inovação Tecnológica Professor Delby Fernandes de Medeiros, conferido pela Agência Inova/UFPB no início deste mês.
Bebedouros
O êxito do bebedouro foi tão grande que a expectativa do professor é conseguir parcerias para a produção em série dos equipamentos para serem utilizados na UFPB. Raimundo Menezes tem buscado financiamento de órgãos que invistam em Ciência e Tecnologia. “Não é por causa da crise que vamos parar a inovação tecnológica”, sentencia.
O protótipo do bebedouro com o filtro já funciona em caráter experimental no ambiente administrativo do Prodema, mas a ideia é usá-lo de maneira sistemática. “Poderíamos colocar os filtros nos bebedouros já existentes da UFPB, como na Central de Aulas, que tem uma grande quantidade de alunos”, explica.
Pesquisas
Além do bebedouro que filtra e gela água utilizando energia solar, o professor fala sobre outra pesquisa importante em andamento, o desenvolvimento de energia híbrida, usando fonte solar e eólica, que garante o funcionamento de equipamentos durante todo o ano.
“Nossa intenção é atender a essa demanda energética com segurança. Um de nossos alunos do mestrado criou uma bomba nesse sistema que consegue bombear 1800 litros de água por dia”, explica. Segundo o docente, a intenção do grupo é desenvolver unidades móveis para colocar em localidades mais afastadas dos centros urbanos, gerando energia para o tratamento da água consumida e para as residências rurais.
O professor explica que existem poucas pesquisas e estudos nessa área no país e que a UFPB tem sido pioneira no desenvolvimento dessas tecnologias. “Esse é um passo importante para a UFPB, não só para formar profissionais capacitados, mas para beneficiar as comunidades tradicionais e rurais mais afastadas, que é onde queremos que nossas pesquisas cheguem”, avalia.