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Paratletas apoiados pela UFPB fazem últimos treinamentos para os Jogos Paralímpicos de Paris

publicado: 31/07/2024 17h13, última modificação: 31/07/2024 17h13
Servidor Pedro de Almeida Pereira, o Pedrinho, também representará a UFPB na capital francesa, na condição de treinador de parte do atletismo paralímpico

Foto: Angélica Gouveia

Enquanto os olhos do mundo estão voltados para as Olimpíadas de Paris, três paratletas que treinam nas dependências da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – Cícero Nobre, Joeferson Marinho e Petrúcio Ferreira – fazem os últimos preparativos para os Jogos Paralímpicos, que acontecerão de 28 de agosto a 8 de setembro. O grupo embarca na segunda quinzena de agosto para a capital francesa, onde também serão realizadas as competições paralímpicas.   

Os três paratletas da UFPB integram a delegação paralímpica brasileira que, segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), tem 277 competidores. Cícero, Joeferson e Petrúcio vão competir em importantes modalidades do atletismo. Considerando o histórico de sucesso de cada um, há grandes chances de que os paratletas da UFPB tragam medalhas para o Brasil.

Cícero, Joeferson e Petrúcio realizam seus treinamentos na pista de atletismo da UFPB, e contam com equipe técnica formada por servidores e alunos da instituição. O Reitor da UFPB, professor Valdiney Gouveia, disse que o apoio aos atletas é importante para fomentar a prática do esporte entre a comunidade universitária. “A UFPB agradece pelo empenho dos nossos paratletas que destacam o nome da Instituição no contexto nacional e internacional”, disse o Reitor. 

Além dos paratletas, a UFPB também será representada no evento esportivo pelo servidor Pedro de Almeida Pereira, o Pedrinho, técnico em Educação Física na Universidade, convocado para ser um dos treinadores da seleção paralímpica de atletismo em Paris. 

Pedrinho desenvolve o projeto de extensão “Monitoração física e fisiológica de atletas paralímpicos em formação e de alto desempenho” com o professor Alexandre Sérgio Silva, do Departamento de Educação Física (DEF), que integra o Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFPB. Como seu nome sugere, por meio do projeto os paratletas têm à disposição recursos físicos e humanos da Universidade para a prática das modalidades, treino de força (musculação) e suporte fisiológico, que consiste na avaliação de variáveis, como o nível de fadiga muscular, que interferem na performance dos competidores. 

As ações de extensão universitária fazem parte de uma parceria entre CPB, Instituto dos Cegos da Paraíba e UFPB, com o apoio da Reitoria. O projeto gera também frutos na pesquisa e no ensino desenvolvidos na Universidade, na medida em que os dados e informações dos atletas ficam à disposição para realização de estudos na graduação e na pós-graduação. Além disso, alunos de graduação, sobretudo das ciências da saúde, podem realizar as atividades de estágio supervisionado junto ao projeto.  

“O projeto possibilita a promoção dos três pilares da Universidade. Para expandir as colaborações, estão sendo feitas outras parcerias com as prefeituras, dos lugares mais remotos da Paraíba, com o objetivo de identificar e viabilizar a revelação de novos talentos para o esporte paralímpico, não apenas para o atletismo, mas para outros esportes, como o futebol de 5”, afirmou Pedrinho, sobre a possibilidade de expansão do projeto. 

Foi o que aconteceu com Petrúcio Ferreira, que deixou São José do Brejo do Cruz, município que fica a quase 400 km de distância de João Pessoa, para poder se dedicar ao paratletismo. Petrúcio é o franco favorito à medalha de ouro na prova dos 100 metros rasos na classe T-47, na qual é o atual bicampeão paralímpico, tricampeão parapanamericano e tetracampeão mundial. Em Paris, ele também competirá nos 400 metros rasos, disputa na qual ficou com a prata nas Paralimpíadas do Rio e o bronze nos Jogos de Tóquio. 

“O que a gente vem trabalhando, diante desses resultados e da boa infraestrutura da UFPB para o atletismo de alto rendimento, é subir ao pódio em Paris e trazer uma medalha para o nosso Brasil, independente de qual seja a colocação. Mas a meta, claro, é o ouro paralímpico”, disse Petrúcio. 

Outra esperança de bons resultados em Paris é Cícero Nobre que, assim como Petrúcio, é natural do Sertão Paraibano, da cidade de Aguiar, localizada a 427 km de João Pessoa. Cícero é o atual bicampeão mundial e parapanamericano no lançamento de dardos na classe F-57. Em Tóquio, conquistou o bronze nesta prova. 

Enquanto Petrúcio e Cícero têm intimidade com o pódio em competições internacionais, Joeferson ainda sonha com esse lugar. Atual detentor do recorde brasileiro nos 100 metros rasos pela classe T-12, Joeferson quase chegou lá em Tóquio, onde fez sua estreia em competições do tipo e conquistou o quarto lugar. Três anos depois dos Jogos do Japão, marcados por muitos treinamentos com Pedrinho na pista de atletismo da UFPB, ele se diz bem mais preparado e merecedor da primeira medalha. 

“Estou bem para brigar por essa medalha. Nesses últimos dias antes de ir a Paris, a preparação continua. Estou trabalhando para conseguir ir em busca da medalha. Então, queria deixar uma mensagem muito especial para toda a Paraíba, para que acompanhem e torçam com muito carinho, não apenas por mim, mas também pelo Petrúcio e o Cícero, porque iremos dar o nosso melhor”, pediu Joeferson. 

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Texto: Vinícius Vieira
Edição: Aline Lins
Fotos: Angélica Gouveia
Ascom/UFPB