Notícias
Setembro da Inclusão na UFPB: programação foca na relação entre preconceito e deficiência
No mês de campanha de prevenção ao suicídio (o Setembro Amarelo) e da conscientização da luta anticapacitista (o Setembro Verde), o Comitê de Inclusão e Acessibilidade (CIA), assessoria vinculada à Reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), promoverá, nos quatro campi da instituição, o IV Setembro da Inclusão “Capacitismo e Saúde Mental”, entre os dias 16 e 20, com uma programação de eventos que inclui palestras, minicursos, oficinas, mesas redondas e apresentações culturais, pensando na relação entre os efeitos do preconceito e a pessoa com deficiência. As inscrições estão abertas pelo SigEventos, com direito a certificado ao final.
“Independentemente do contexto socioeconômico, social, da etnia, credo, seja o que for, o indivíduo pode adoecer. Então, temos o mês de setembro, quando se intensifica a fala sobre as doenças mentais – mais precisamente a depressão –, mas não podemos nos esquecer que a depressão é de janeiro a janeiro”, pontua a psicóloga Adriana Gaião, professora e pesquisadora das áreas de Avaliação Psicológica, Transtornos do Desenvolvimento, Saúde Mental e Bem-estar em Universitários e coordenadora do Núcleo de Estudos em Saúde Mental, Educação e Psicometria (Nesmep) do Centro de Educação da UFPB.
Na avaliação da psicóloga Adriana Gaião, sobre até que ponto a deficiência pode acentuar o sofrimento, “não é o fato de uma pessoa ter uma deficiência intelectual, por exemplo, que vai intensificar ou atenuar o seu sofrimento”, e esclarece que, “em se tratando de uma pessoa com deficiência, ela pode ter dificuldades em verbalizar o que sente, como sente e como isso interfere na sua vida”.
Por isso a discussão sobre o capacitismo se faz essencial, uma vez que gera consequências como ansiedade, depressão e isolamento social, segundo explica o coordenador do CIA/UFPB, Rafael Monteiro.
“O capacitismo cria barreiras psicossociais, ao desvalorizar as competências desses indivíduos, afeta a autoestima e impede a inclusão no ambiente acadêmico. A abordagem técnica desse tema [no Setembro da Inclusão] visa a promover um espaço educacional mais equitativo e acessível, com políticas e práticas que previnam o estresse crônico e os impactos psicológicos causados pela exclusão, promovendo a saúde mental e o bem-estar integral dos estudantes com deficiência”, afirma Rafael.
Para conferir toda a programação e realizar inscrição, acesse o SigEventos.